
Carlos Queiroz, em entrevista à SIC, afirmou que ainda não recebeu qualquer notificação oficial sobre a suspensão de seis meses aplicada pela Autoridade de Anti dopagem.
Em relação à manhã de 26 de Maio, o seleccionador nacional esclareceu que não obstruíu o controlo anti doping, embora admita que tenha recorrido a termos menos próprios, os quais lamenta.«Lamento a forma deselegante com que expressei a minha frustração«, disse Queiroz. Contudo, o treinador revelou estar «de consciência tranquila» porque tentou sempre defender os interesses do grupo, que nesse dia tinha permissão para descansar até mais tarde. «Tentei que os médicos não acordassem os jogadores, que esperassem meia-hora. Quando verifico que não consigo prevalecer o bom-senso é que tenho um desabafo para um membro da minha equipa técnica», disse, ao mesmo tempo que mostrou não ter gostado do facto dos médicos não terem esperado pela sua presença na recepção do hotel e de terem entrado numa parte apenas reservada a elementos da comitiva da selecção.Queiroz lembrou, ainda, que foi ele «quem pediu um controlo anti doping aos jogadores da selecção, numa reunião de preparação para o Campeonato do Mundo».Sobre a resolução do caso, o seleccionador nacional deixou no ar a ideia de que houve tentativas de chegar a um acordo num jogo de bastidores. «Se fosse uma questão de dinheiro se calhar a situação já estava resolvida». Contudo, no seu entender, «a honra de uma pessoa não tem preço». «Não admito sair da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) com o nome manchado e não admito que digam que o que está em causa é dinheiro», completou.
Sobre a posição da FPF, Carlos Queiroz acredita que o organismo estará do seu lado. «O ADOP atropelou a decisão do Conselho de Disciplina. Nesta matéria, tenho a certeza que a FPF vai estar a meu lado porque também é a honra do Conselho de Disciplina, que é um órgão independente, que está em causa», confessou.
Carlos Queiroz disse, ainda, que Simão Sabrosa e Paulo Ferreira falaram com ele antes de renunciarem à selecção nacional e que entende as razões apresentadas por ambos os jogadores. Por fim, o seleccionador deixou a convicção de que tem condições para continuar a desempenhar o cargo e o desejo de que haja responsáveis no final do imbróglio. «No final, tenho todas as condições, vontade e honra para corresponder e espero que as pessoas que provocaram esta
situação sejam responsabilizadas»., terminou.
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